“I believe God made me for a purpose – but He also made me fast. And when I run, I feel His pleasure.”
–Eric Liddell
Lord Cadogan: Don't be impertinent, Liddell!
Eric Liddell: The impertinence lies, sir, with those who seek to influence a man to deny his beliefs!
Dois atletas britânicos, um judeu determinado e um cristão devoto, competem nas Olimpíadas de 1924 enquanto lutam com questões de orgulho e consciência. Baseado em feitos reais. Melhor filme do diretor Hugh Hudson (1936-2023).
A saúde física é um bem precioso confiado ao homem por Deus. Dessa forma, tudo que o favorece é moralmente bom, como o esporte. Contudo, e ao mesmo tempo, há o perigo de considerá-lo como um bem absoluto, pois pode levar a um culto indevido do corpo, o que traria consequências terríveis para a alma.
O filme contrasta duas visões sobre a saúde (ou sobre o esporte): de um lado, a de Abrahams, que representa homens que sacrificam tudo para alcançar a perfeição física; de outro, o de Lidell, que personifica aqueles que se sentem meros administradores de um dom de Deus e que, portanto, se submetem a Ele antes de si mesmos. E até a própria Bíblia faz eco, de alguma forma, a este contraste: “Não sabeis que os que correm no estádio, correm, sim todos, mas um só é que leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que tem de contender, de todo se abstém, e aqueles certamente por alcançar uma coroa corruptível: nós porém uma incorruptível.” (1 Cor 9, 24-25)
A excelente trilha sonora assinada por Vangelis é mais que um hino ao esporte, é uma homenagem ao espírito do escocês Eric Lidell (1902-1945) em sua demonstração de que o serviço a Deus está acima do serviço aos homens.
Filme Nota 5 (escala de 1 a 5)